Um Apóstolo de Cristo Tem Poder para Abrir Novos Campos de Trabalho e não Invade a Esfera de Serviço de Outro Homem
Capítulo 10:12-18 – Os difamadores de Paulo estavam dizendo que
ele estava invadindo seu campo de trabalho em Corinto. Eles obviamente não o
queriam por perto e o viam como uma ameaça à sua situação confortável naquela
cidade. Por isso, eles inventaram esse argumento para convencer os coríntios a
dizer a Paulo que fosse ministrar em outro lugar. Aqui, mais uma vez, essa
acusação era totalmente falsa. Paulo usa-a para falar de outra marca de um
verdadeiro apóstolo de Cristo – ele tem
poder no ministério para abrir novos campos de trabalho e, portanto, não
precisa entrar na esfera de serviço de outro homem.
Essa acusação era totalmente infundada porque a assembleia em
Corinto havia começado por meio dos trabalhos de Paulo; como poderia ser
concebido que, ao ministrar aos seus próprios convertidos, ele avançava além de
seu limite e usurpava a esfera de trabalho deles? De fato, as coisas eram
exatamente o oposto; esses falsos servos haviam invadido a esfera que Paulo
tinha iniciado em Corinto e estavam recebendo crédito pelos trabalhos dele!
Vs. 12-14 – Paulo passa a falar disso. Ao fazê-lo, diz que não “ousaria” se unir aos princípios
mundanos de competição que marcaram “alguns”
no ministério – uma alusão aos seus adversários. Eles “se
medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos”. Paulo acrescenta que “estão sem entendimento”. Novamente, isso mostra que essas pessoas
não foram libertas do princípio mundano de competição, que caracterizou os gregos.
Paulo não queria dar a impressão de competir com aqueles que se opunham a ele.
Ele disse: “Porém não nos
gloriaremos fora de medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu”.
Ao se gloriar “conforme a medida”,
não se esticou demais para alcançar aos coríntios (“para chegarmos até vós”). A obra do Senhor nessa área começou com
ele vindo e lhes “pregando o evangelho”
(KJV), pelo qual foram salvos. Eles eram seus convertidos!
Vs. 15-16 – De fato, Paulo disse que tinha como prática não se
intrometer “em campo de
outrem”. Um apóstolo de Cristo tem poder no ministério para abrir novos
campos de trabalho e não precisa invadir a esfera de serviço de outro homem.
Esse poder apostólico é o que esses falsos obreiros não tinham, e isso mostra
que não eram mesmo apóstolos de Cristo. Não tendo seu próprio campo de trabalho, trabalharam à sua maneira na assembleia em Corinto, que fora estabelecida por Paulo (At 18), e estavam
construindo com “madeira, feno, palha”
sobre o alicerce de outro homem (1 Co 3:9-15).
A
“esperança” de Paulo para os coríntios
era que a “fé”
deles “crescesse” a ponto de
apoiá-lo na abertura de um novo trabalho “nos
lugares que estão além”. Ele teve o cuidado de não se gloriar “em esfera alheia de coisas já feitas” (ATB).
Vs. 17-18 – Paulo faz uma pausa para dar uma lição prática a todos
os que servem. Ele nos diz para nos resguardarmos de nos exaltar por meio do
trabalho dos outros. Foi isso que o Rei Saul fez. Jônatas tinha conseguido uma
vitória em Israel contra os Filisteus, e Saul tentou levar crédito por isso!
Ele “tocou a trombeta por toda a terra”
dizendo às pessoas que ele tinha
ferido a guarnição dos filisteus (1 Sm 13:3-4). Se alguém se gloriar, deve se
gloriar naquilo que o Senhor tem o prazer de fazer por meio dele. Paulo disse
aos Gálatas “Mas prove cada
um a sua própria obra, e terá glória só em si mesmo, e não noutro”
(Gl 6:4).
Esses falsos obreiros entre os coríntios estavam se recomendando
na tentativa de conseguirem um espaço entre eles, mas não era uma recomendação
legítima. Os santos devem apoiar o ministério daqueles “a quem o Senhor louva”. Isto será evidente pelas pessoas sendo
ajudadas pelo seu ministério.
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