segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Os Terrenos nos Quais Paulo Poderia Agora ir a Eles (cap. 7:6-16)


Os Terrenos nos Quais Paulo Poderia Agora ir a Eles
(cap. 7:6-16)

Capítulo 7:6-16 – Com as coisas sendo esclarecidas em ambos os lados, agora não havia razão para qualquer distanciamento entre Paulo e os coríntios. Eles não tinham razão para não o receber, e ele agora não tinha razão para não ir até eles.
No versículo 5, Paulo retoma o fio histórico das coisas que havia discorrido no capítulo 2:14. Ele elogia os coríntios por seu espírito correto ao receber a carta que enviara.
Vs. 6-7 – Paulo fala de sua ansiedade sendo aliviada pelo relato favorável de Tito, mas ele dá crédito a Deus. Mas Deus, que consola [encoraja] os abatidos, nos consolou [encorajou] com a vinda de Tito Tito relatou a verdadeira “saudade” e “choro” dos coríntios. Isso mostra que eles tinham sido verdadeiramente exercitados sobre os erros na assembleia e, arrependidos, lamentaram sobre eles, tendo-os corrigido. Isso foi bom. Outra fonte de gozo para Paulo era que, exceto por um grupo de difamadores, eles tinham um “zelo” para com ele. Isto mostrou que eles encararam a correção em um espírito correto, e desejavam se reconciliar com o apóstolo.
Vs. 8-10 – Vemos quão terno era o coração de Paulo pelos coríntios; ele quase pede desculpas por ter escrito a carta. Mas, em retrospecto, ele diz que, apesar de tê-los “contristado” “com a carta”, ele não “se arrependeu” porque ela tinha produzido agora esses resultados positivos. Mas admite que depois de ter escrito a carta ele teve dúvidas, e na verdade, por um tempo, havia “se arrependido”. Vemos seu cuidado por eles nessa hesitação. Ele reconhece que a dor que causou ao escrever aquela carta severa foi “ainda que por pouco tempo”. Assim, a primeira epístola trouxe duas coisas aos coríntios: 
  • Arrependimento quanto aos males que Paulo havia denunciado.
  • Um reavivamento da afeição deles (em parte) pelo apóstolo.


Ao acertar as coisas, os coríntios haviam se livrado de “padecerem dano” pelo julgamento apostólico de Paulo, que teria caído sobre eles (v. 9). Como uma assembleia, eles “foram contristados para o arrependimento” (v. 10). Essa foi uma tristeza coletiva e um arrependimento coletivo. Isso mostra que tristeza e arrependimento são duas coisas diferentes. A tristeza segundo Deus é a tristeza pelo pecado permitido ou cometido. O arrependimento é ter uma mudança de mentalidade sobre um curso de pecado que tivermos percorrido e que executar julgamento sobre ele.
Paulo diz que esse arrependimento que levou os coríntios a corrigirem as desordens na assembleia foi “para a salvação”. Isto é, ocasionou um livramento prático ou salvação do julgamento de Deus sobre a assembleia. Ao acertar as coisas, eles salvaram a assembleia do julgamento. Paulo acrescenta: da qual ninguém se arrepende, porque sua mudança de mentalidade para o que é certo não deveria ser rejeitada. Uma vez que voltamos para o que é certo, nunca devemos pensar em nos arrepender disso (mudar de ideia) e voltar atrás.
A Escritura diz: há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende [que anda se arrependendo JND] (Lc 15:10). Embora o contexto deste versículo no evangelho de Lucas tenha a ver com o arrependimento em uma pessoa sendo salva, isso mostra que o arrependimento não é algo que ocorre uma só vez, mas é um exercício contínuo na vida do crente. A confissão é um ato, mas arrependimento é um processo. Isso não significa que devemos sair por aí nos açoitando em tristeza pelo resto de nossas vidas, porque o arrependimento e a tristeza são duas coisas diferentes. O que deve ser contínuo em nossas vidas é uma mente mudada em relação a todo pecado que uma vez cometemos. É arrependimento, não tristeza, que deve ser contínuo em nossas vidas. No caso dos coríntios, se eles deixassem de se arrepender em relação a esse assunto, significaria que eles se tornariam novamente indiferentes ao pecado em seu meio.
Enquanto a tristeza divina opera o arrependimento para a salvação, a tristeza mundana, que não é de Deus, apenas “opera a morte”. Isto é, trabalha para a ruína moral de um indivíduo. O primeiro sente tristeza por culpa e isso leva ao julgamento próprio; o último não é verdadeira tristeza pelo pecado, mas tristeza por ter de sofrer os efeitos dos atos pecaminosos (Mt 14:9). Um é arrependimento; o outro é remorso. A diferença entre eles é ilustrada em Pedro e Judas. Pedro saiu e “chorou amargamente” em verdadeiro arrependimento (Mt 26:75), mas Judas estava “cheio de remorso” (Mt 27:3 – JND). Um levou à restauração a Deus, o outro ao suicídio e à uma eternidade perdida.

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