Os Princípios em Dar
Capítulo 8:10-15 – Paulo passa a dar alguns princípios
orientadores sobre o assunto de dar. Uma vez que é uma questão entre o Senhor e
o indivíduo, ele não aborda o assunto como um mandamento, mas sim, diz: “E nisto dou o meu parecer [opinião]”.
Há três coisas em que
ele se concentra em particular:
Vs. 10-12a – O primeiro princípio no ministério de dar é a
necessidade de disposição. Paulo diz:
“Porque, se há prontidão de vontade”.
Nossa generosidade não é testada por nossa riqueza, mas por nossa disposição.
Isso vem de Deus tocando o coração (Êx 35:5, 29). Ele dá crédito aos coríntios
por estarem dispostos “desde o ano
passado”, mas diz a eles que também precisa haver o “praticar”. “Prontidão de
vontade” é uma coisa, mas tais intenções devem ser sustentadas por ações
positivas.
V. 12b – O segundo princípio da oferta Cristã é que ela deve estar
de acordo com o que temos. “Será aceita segundo o que
qualquer tem, e não segundo o
que não tem”. Paulo não estava propondo que os coríntios contribuíssem para o
auxílio dos pobres santos em Jerusalém ao ponto que eles próprios se empobrecessem
de tal forma a ponto de se tornarem um fardo para os outros. O argumento de
Paulo é que não devemos nos arruinar financeiramente por nossas doações. Não
devemos dar além das nossas condições, mas “segundo”
nossas condições. É verdade que o Senhor Se tornou pobre para nos salvar (v. 9),
mas não devemos O imitar nisso. Nem devemos dar além do que podemos, apenas
para parecer bem diante dos outros; tais razões carnais e dissimuladas não
devem entrar em nossas ofertas. O princípio é simples: à medida que Deus
aumenta nossa capacidade de dar, devemos aumentar nossa generosidade.
Vs. 13-15 – A terceira coisa é que deve haver igualdade. Ou seja, eles devem dar com o entendimento de que é uma
coisa recíproca. Ele diz: “Mas, não digo isto para que os outros tenham
alívio, e vós opressão”, mas para lembrar de que eles nem sempre estão
em condições de dar. Chegará o momento em que “as mesas poderão estar vazias” e
aqueles na Judéia poderão ter o privilégio de aliviar as necessidades dos coríntios.
Paulo diz: “para que também
a sua [deles] abundância supra a vossa falta” – assim, o princípio
da doação recíproca seria visto. Se naquele momento os coríntios tinham uma “abundância” nas coisas seculares
(temporais), eles deveriam “suprir”
a “falta” (necessidade) de outros
que não tinham o suficiente.
Para ilustrar isso, o apóstolo cita a experiência dos filhos de
Israel quando colheram o maná no deserto. Lendo o relato em Êxodo, poderíamos
ter pensado que colher o maná era simplesmente uma coisa individual, cada um colhendo
de acordo com a medida de seu próprio apetite. Mas Paulo mostra que houve
realmente um compartilhamento mútuo do maná que eles colheram. As pessoas colheram
quantidades diferentes, mas o que foi recolhido foi dividido igualmente, de
modo que “O que muito colheu não teve de mais; e o que
pouco, não teve de menos”. Aqueles que colheram muito não reclamaram
daqueles que colheram pouco, mas de bom grado compartilharam o que recolheram
coletivamente. Portanto, deveria ser assim no Cristianismo nas coisas seculares
(temporais); devemos trabalhar com nossas mãos, não apenas para atender às
nossas necessidades pessoais, mas também às necessidades dos outros (Ef 4:28).
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