segunda-feira, 3 de setembro de 2018

OBSERVAÇÕES FINAIS


OBSERVAÇÕES FINAIS

Capítulo 13:1-2 – Paulo conclui a defesa de seu apostolado dando uma advertência solene em vista da aproximação de sua visita a Corinto. Se não houvesse arrependimento e correção por parte dos coríntios em relação à permissão dos falsos mestres no meio deles, ele acharia necessário demonstrar sua autoridade apostólica exercendo disciplina sobre eles.
Ele faz uma “terceira” proposta para ir até eles “pela segunda vez”, lembrando-lhes de que se fosse e os encontrasse em um estado tal como temia, ele “não lhes perdoaria”, mas trataria com a assembleia em julgamento. Tal, é claro, seria fundamentado em fatos bem comprovados, porque todas as ações disciplinares devem estar de acordo com o princípio: “Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra”.
Capítulo 13:3-6 – Por meio da influência dos falsos apóstolos e obreiros entre os coríntios, eles realmente pediram a Paulo por “uma prova de que Cristo fala” por meio dele! Antes de responder a essa objeção, em um parêntese do meio do versículo 3 ao versículo 4, Paulo lhes diz que muitas vezes Deus trabalha por meio de fraqueza externa. Ele aponta para o próprio Senhor. O Senhor não era “fraco” para com os coríntios quando o evangelho os alcançou; Ele fez uma tremenda revolução em suas vidas abençoando-os por seu recebimento em fé como seu Salvador (v. 3b). Mas na vida e ministério do Senhor na Terra, estava cercado de fraqueza externa e foi “crucificado em fraqueza” (ARA). Contudo, na ressurreição, o Senhor vive “pelo poder de Deus”. Esse mesmo poder opera no ministério por meio dos fracos servos do Senhor para com os santos. Os coríntios, no entanto, veriam o poder de Deus para com eles de outra maneira, se continuassem a permitir aquele ambiente de falsos apóstolos circulando entre eles – e não seria uma coisa agradável. Paulo teria que exercer o juízo quando viesse.
Então, nos versículos 5-6, Paulo assume o desafio de seus opositores quanto a se Cristo estava realmente falando nele. Os falsos mestres entre eles haviam questionado seu apostolado, e os coríntios tolamente escutaram esses questionamentos. Mas eles eram as últimas pessoas que deveriam ter dúvidas sobre se Cristo havia falado por meio de Paulo. Isso mostra que estavam sob a influência da ideologia grega da época que idolatrava a força e a beleza humanas, e haviam interpretado erroneamente a fraqueza corporal de Paulo, e isso os levou a concluir que ele não era um apóstolo de Cristo. A resposta de Paulo a esses pensamentos mundanos é: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé”. Sendo seus convertidos, eles eram a prova de seu apostolado. Se queriam credenciais, tudo o que tinham de fazer era olhar para si mesmos!
O versículo 5 tem sido frequentemente transformado em um apelo para autoexame, e até mesmo fez com que alguns duvidassem de sua salvação. As Escrituras não ensinam que devemos olhar dentro de nós mesmos para encontrar a certeza de nossa salvação; isso só levará às dúvidas e ao desânimo. Devemos olhar para trás, para a cruz, para agradecer a Ele por tudo o que fez; olhar para frente para confiar n’Ele para o que está por vir; olhar para cima para esperar Sua vinda a qualquer momento; olhar ao redor para servi-Lo; mas nunca olhar para dentro. A introspecção é uma coisa perigosa – invariavelmente leva à ocupação consigo mesmo e ao desânimo.
A certeza da nossa salvação provém de considerar o que Deus disse em Sua Palavra. O “testemunho” é encontrado em Sua Palavra (Hb 10:15-17), não em nós mesmos. Descansar na fé no que a Palavra de Deus diz sobre Cristo ressuscitado e nossa aceitação n’Ele é o que dá paz interior (Rm 8:1-6).
Paulo não estava pedindo que se engajassem no autoexame como prova de sua salvação, mas sim que encontrariam na sua própria salvação uma prova de seu apostolado. Com um tom de ironia, ele acrescenta que, a não ser, é claro, eles estivessem “reprovados” – impostores sem valor e inúteis. O que eles estavam insinuando de Paulo significava que eles mesmos não eram salvos! Se fosse esse o caso, então Cristo não estava falando por meio dele. No entanto, Paulo estava confiante de que depois de terem feito um exame rápido de si mesmos como estando definitivamente na fé, eles saberiam que ele não era um impostor, mas um apóstolo de fato. Ele diz: “Mas espero que entendereis que nós não somos reprovados” (v. 6).

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