segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Nove Situações Paradoxais


Nove Situações Paradoxais

Vs. 8-10 – No último grupo de nove coisas, Paulo mostra que o ministro pode ser às vezes mal compreendido e até mesmo rejeitado no serviço do Senhor. Não podemos esperar que as pessoas do mundo entendam o propósito do evangelho, nem podemos esperar que os Cristãos mundanos apreciem todos os aspectos da verdade. Como resultado, haverá oposição e distorção dos motivos e do trabalho do servo. Essas coisas não podem ocorrer senão na vida do servo que tenta honrar a Deus em seu serviço. Consequentemente, deve aceitar o fato de que ele parecerá, às vezes, de um modo contraditório diante dos outros.
Paulo diz: “Por honra e desonra”. O servo será apreciado Entre aqueles que valorizam a verdade, mas entre aqueles que a rejeitam, ele será menosprezado. “Por infâmia e por boa fama” significa que ele pode ser difamado, mas aqueles que valorizam a verdade levarão boas referências de seu caráter e maneiras. “Como enganadores, e sendo verdadeiros” significa que o servo pode ser acusado de ser um impostor, mesmo que tais alegações não sejam verdadeiras. “Como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos” refere-se a ser visto como nada neste mundo, mas tendo a silenciosa confiança da aprovação do Senhor. J. N. Darby observou apropriadamente que “a verdadeira grandeza é servir despercebido e trabalhar sem ser visto”. O servo do Senhor deve estar contente com isso. “Como morrendo, e eis que vivemos” refere-se à vida do servo sempre estando em perigo, mas tendo misericórdia divina para continuar no caminho. “Como castigados, e não mortos” refere-se às muitas coisas que o servo irá suportar no caminho do serviço, que Deus usará como uma disciplina em Sua escola e que acabará sendo de proveito do servo. “Como contristados, mas sempre alegres” refere-se à tristeza que o ministro experimenta quando a verdade é rejeitada ou resistida, mas há regozijo quando é recebida. “Como pobres, mas enriquecendo a muitos” refere-se ao gasto de recursos materiais para prover os meios de alcançar as pessoas e transmitir bênçãos espirituais a elas (At 20:34). “Como nada tendo, e possuindo tudo” significa que o servo parecerá estar desperdiçando sua vida em uma causa inútil, mas na realidade ele ganhou todas as coisas – espirituais e materiais (Ef 1:3; 1 Co 3:22).
Assim, o servo deve suportar todas as coisas pelo amor do evangelho e, ao mesmo tempo, manter um espírito e caráter corretos como servo de Deus. Para resumir todas essas coisas, Hamilton Smith disse: “Quer fossem nas circunstâncias pelas quais passaram, ou nas provações que tiveram que enfrentar, nos exercícios espirituais que o serviço deles envolveu, nas qualidades morais que exibiram, na justiça prática que os marcaram, ou no caminho que eles percorreram seguindo o Mestre, o apóstolo e seus companheiros recomendaram a si mesmos como servos de Deus”.
A grande conclusão aqui é que Paulo e seus cooperadores se mostraram aprovados e recomendados por Deus – a mais alta de todas as autoridades. Que bases os coríntios poderiam ter para rejeitar a ele e a seu ministério se Deus os aprovou? É inconcebível que alguém tão devotado e tão abnegado possa ser acusado de insinceridade, egoísmo, engano etc. No mínimo, Paulo havia dado a seus amigos em Corinto, que formavam a maioria da assembleia, o material para responder aos falsos mestres que questionaram sua honestidade e integridade.

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