Um Apóstolo de Cristo se Sacrificará para Transmitir Bênção aos Outros
Capítulo 11:7-15 – Outra marca de um apóstolo de Cristo é que é um
trabalhador abnegado. Ele se sacrificará
para transmitir bênçãos e ajudar os santos. Ele não tem interesse em tirar do rebanho de Deus – apenas dar ao rebanho. Um verdadeiro apóstolo
não é conhecido pelo que tira do rebanho de Deus, mas pelo quanto dá ao rebanho.
Portanto, ele não se rebaixará para usar o ministério como um meio de obter riqueza ou posição
entre os santos.
Em contraste com isso, esses falsos obreiros estavam usando o
ministério para servir aos seus próprios fins. Eles haviam assumido o serviço do
Senhor como profissão – “negócio” (cap.
2:17 – JND), e gostavam de tomar fundos dos coríntios e até se gloriavam disso (cap.
11:12, 20). É nisto mesmo que o Senhor encontrou falta nos pastores que tosquiaram o rebanho de Deus
em Israel (Ez 34:2-3). Esses falsos obreiros se aproveitaram do dinheiro dos coríntios.
Eles realmente criticavam Paulo por não tomar financeiramente dos coríntios,
porque para eles isso ia contra a imagem de um servo de Deus. Eles acreditavam
que tais (como eles) eram para ser em tudo atendidos, e que deveriam andar
entre os santos com presença dominante de um rei. Quando Paulo se humilhou e se
dispôs a fazer o trabalho comum, seus difamadores usaram isso como prova de que
ele não era um apóstolo de verdade.
V. 7 – Paulo pergunta aos coríntios se era realmente “uma ofensa” (KJV) se humilhar entre
eles e trabalhar com suas mãos como um trabalhador comum, para que o evangelho
pudesse chegar a eles “de graça”. Como regra geral, quando se trabalha
em uma nova área, e novos convertidos resultam desses trabalhos, não é prudente
começar imediatamente a receber ofertas financeiras deles. Produz uma imagem
errada do evangelho na comunidade (1 Ts 2:9). Paulo sabia disso e disse aos coríntios em sua
primeira carta que ele se absteve dessa prática porque temia que isso pudesse “pôr impedimento ao o evangelho de Cristo”
(1 Co 9:12 – ATB). Para evitar qualquer ideia errada do evangelho, era costume
de Paulo trabalhar com suas mãos entre os santos até que estivessem
estabelecidos (At 18:3; 20:34). Sua recusa em aceitar o apoio dos coríntios não
era de forma alguma um reconhecimento de que ele não era um apóstolo.
Vs. 8-10 – Além disso, Paulo disse-lhes que recebia “salário” de “outras igrejas” enquanto estava com eles em Corinto. Ele menciona
isso para mostrar que não se opunha ao princípio de receber ajuda financeira
como comunhão das assembleias. Ele optou por não o fazer com os coríntios, e “homem algum” (KJV) poderia impedi-lo
de se gloriar de que não tinha sido um fardo financeiro para eles enquanto
estava lá.
Vs. 11-12 – Paulo fez isso, não porque ele não “amava” os coríntios – Deus sabia que
ele realmente os amava. Ele disse que continuaria essa prática para “cortar ocasião [reivindicação]” daqueles que estavam tomando dos coríntios,
e se gloriando disso. Esses falsos mestres estavam na verdade mirando as
ofertas dos coríntios como uma espécie de prova de que eram apóstolos – (Paulo
acrescenta) “como nós”. Mas eles não
podiam usar corretamente esse argumento para “reivindicar” que eram apóstolos legítimos de Cristo, porque Paulo
era um apóstolo de Cristo e não tomou financeiramente dos coríntios.
Vs. 13-15 – Os coríntios precisavam ver esses falsos obreiros pelo
que eles realmente eram. Paulo diz que eles se autodesignaram “falsos apóstolos” e “obreiros fraudulentos”
que estavam “transfigurando-se em
apóstolos de Cristo”. Paulo se manifesta muito diretamente e os identifica
como “ministros” de Satanás porque
estavam fazendo a obra de Satanás na assembleia. Essa foi uma declaração
realmente forte, mas os coríntios precisavam saber disso. Que tais indivíduos
sejam encontrados circulando entre os santos não deveria nos surpreender, pois
as Escrituras estão repletas de advertências de “falsos Cristos” (Mt 24:23-24), “falsos apóstolos” (2 Co 11:13), “falsos profetas” (Mt 7:15), “falsos
doutores” (2 Pe 2:1) e “falsos
irmãos” (Gl 2:4) – muitos dos quais se infiltrarão nos
meios Cristãos.
Imitando seu mestre, esses falsos doutores cobriram seu mal com
uma demonstração de justiça. Eles “se
transfiguraram” em “ministros da
justiça”. Essa é com frequência a maneira pela qual Satanás age para dar à
sua obra maligna a aparência de ser de Deus. Muitas vezes os crentes que estão
fora da comunhão com Deus, e estão fazendo a obra de Satanás na assembleia de
alguma forma, terão um exterior pessoal de serem muito justos e extremamente
piedosos – e muitos são enganados por isso. Quando eles pressionam suas ordens
e impõem suas opiniões sobre a assembleia, as pessoas ficam impressionadas com
seu ar de piedade e concluem que devem estar certos, e irão defendê-los, e às
vezes até promovê-los. Mas realmente estão vestindo “um manto de pelos para mentirem” (Zc 13:4). Um manto de pelos é a
roupa de um profeta. Tenhamos cautela; Paulo diz que o próprio Satanás pode se “transfigurar em anjo de luz” e que “seus ministros” também. Tenhamos o
cuidado de não sermos apanhados em algo que parece justo, mas realmente é algo
que não é de Deus. Satanás frequentemente trabalha em um contexto de justiça; é
bem possível fazer algo que acreditamos ser para
Deus, mas a coisa não é de Deus.
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