O MINISTÉRIO CRISTÃO DE DAR
(Capítulos 8-9)
Mantendo-se no tema do ministério Cristão nesta epístola, Paulo
passa a falar de um tipo diferente de serviço – o ministério de dar. Ter comunhão de maneira prática com aqueles
que estão em necessidade ou com aqueles engajados em pregar a Palavra é de fato
um ministério. O contexto que Paulo usa para ensinar isso é o envio de uma
oferta monetária aos “pobres dentre os
santos” que estavam “em Jerusalém”
(Rm 15:26). Hebreus 13:16 fala desse ministério como “compartilhar
de vossa prosperidade” (JND).
É um ministério no qual todos os santos podem estar envolvidos – como
indivíduos e como assembleias.
Existe
lógica na ordem dos assuntos que o apóstolo aborda nesta segunda carta. Visto
que os coríntios haviam acertado as coisas que eram necessárias na assembleia,
Paulo agora estava livre para encorajá-los nesse ministério prático de dar. É
improvável que ele tivesse feito isso se eles não tivessem respondido à sua
correção na primeira carta. Mas agora, com esses assuntos esclarecidos, ele
está livre para falar-lhes sobre essa maneira muito prática de demonstrar
comunhão com outros membros no corpo de Cristo. Eles mostraram um genuíno
cuidado pela glória do Senhor (cap. 7:11) e um cuidado com a comunhão do apóstolo
(cap. 7:12), agora ele os estimula a cuidar do povo necessitado do Senhor. (caps.
8-9)
Esse
assunto de ofertar exigiu alguma diplomacia da parte de Paulo porque poderia
ter sido interpretado que ele estava procurando o dinheiro dos coríntios, mesmo
que lhes dissesse que não estava. Assim Paulo sabiamente esperou até que
houvesse uma necessidade entre os santos que não envolvesse o apoio a obreiros
como ele próprio. Desta forma, ele poderia se distanciar de quaisquer
implicações diretas ao falar sobre este assunto. Ninguém poderia acusá-lo de
estar tirando proveito da riqueza deles porque não era para si próprio. Ele não
tiraria dinheiro dos coríntios para si mesmo, mas o tiraria deles se fosse para
os outros.
Contudo, os princípios que Paulo dá nesses dois capítulos têm uma
ampla aplicação, e podem ser adotados no dar daquilo que possuímos àqueles que
trabalham para o Senhor ministrando a Palavra, bem como a qualquer um do povo
do Senhor que tenha necessidade.
A situação aqui era que muitas assembleias estavam arrecadando uma
coleta que alguns irmãos designados levariam a Jerusalém. O desejo de Paulo era
que os coríntios fizessem sua parte da coleta antes de ele chegar à cidade a
caminho da Judéia. Ao fazê-lo, Paulo apresenta alguns princípios orientadores
em relação à oferta Cristã.
Se o dízimo do Velho Testamento fosse para a Igreja, Paulo o teria
indicado nesses capítulos. No entanto, não há nada disso aqui ou em qualquer
outro lugar no Novo Testamento. Paulo não diz aos santos para darem um décimo
de sua renda, mas deseja que a graça aja em seus corações, e permita que sejam
exercitados para darem tudo o que eles sentiram diante do Senhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário