segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O MINISTÉRIO CRISTÃO DE DAR (Capítulos 8-9)


O MINISTÉRIO CRISTÃO DE DAR
(Capítulos 8-9)

Mantendo-se no tema do ministério Cristão nesta epístola, Paulo passa a falar de um tipo diferente de serviço – o ministério de dar. Ter comunhão de maneira prática com aqueles que estão em necessidade ou com aqueles engajados em pregar a Palavra é de fato um ministério. O contexto que Paulo usa para ensinar isso é o envio de uma oferta monetária aos “pobres dentre os santos” que estavam “em Jerusalém” (Rm 15:26). Hebreus 13:16 fala desse ministério como “compartilhar de vossa prosperidade” (JND). É um ministério no qual todos os santos podem estar envolvidos – como indivíduos e como assembleias.
Existe lógica na ordem dos assuntos que o apóstolo aborda nesta segunda carta. Visto que os coríntios haviam acertado as coisas que eram necessárias na assembleia, Paulo agora estava livre para encorajá-los nesse ministério prático de dar. É improvável que ele tivesse feito isso se eles não tivessem respondido à sua correção na primeira carta. Mas agora, com esses assuntos esclarecidos, ele está livre para falar-lhes sobre essa maneira muito prática de demonstrar comunhão com outros membros no corpo de Cristo. Eles mostraram um genuíno cuidado pela glória do Senhor (cap. 7:11) e um cuidado com a comunhão do apóstolo (cap. 7:12), agora ele os estimula a cuidar do povo necessitado do Senhor. (caps. 8-9)
Esse assunto de ofertar exigiu alguma diplomacia da parte de Paulo porque poderia ter sido interpretado que ele estava procurando o dinheiro dos coríntios, mesmo que lhes dissesse que não estava. Assim Paulo sabiamente esperou até que houvesse uma necessidade entre os santos que não envolvesse o apoio a obreiros como ele próprio. Desta forma, ele poderia se distanciar de quaisquer implicações diretas ao falar sobre este assunto. Ninguém poderia acusá-lo de estar tirando proveito da riqueza deles porque não era para si próprio. Ele não tiraria dinheiro dos coríntios para si mesmo, mas o tiraria deles se fosse para os outros.
Contudo, os princípios que Paulo dá nesses dois capítulos têm uma ampla aplicação, e podem ser adotados no dar daquilo que possuímos àqueles que trabalham para o Senhor ministrando a Palavra, bem como a qualquer um do povo do Senhor que tenha necessidade.
A situação aqui era que muitas assembleias estavam arrecadando uma coleta que alguns irmãos designados levariam a Jerusalém. O desejo de Paulo era que os coríntios fizessem sua parte da coleta antes de ele chegar à cidade a caminho da Judéia. Ao fazê-lo, Paulo apresenta alguns princípios orientadores em relação à oferta Cristã.
Se o dízimo do Velho Testamento fosse para a Igreja, Paulo o teria indicado nesses capítulos. No entanto, não há nada disso aqui ou em qualquer outro lugar no Novo Testamento. Paulo não diz aos santos para darem um décimo de sua renda, mas deseja que a graça aja em seus corações, e permita que sejam exercitados para darem tudo o que eles sentiram diante do Senhor.

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