O Ministro Cristão Testado e Aprovado por Deus
(cap. 6:1-10)
No capítulo 6, Paulo fala de ser testado e
aprovado por Deus no ministério. Ele e seus cooperadores haviam sido
verdadeiramente testados em situações da vida real no campo do serviço, e foram
encontrados com aprovação divina.
Vs. 1-2 – No capítulo 5, Paulo falou de como rogou aos pecadores
que se reconciliassem a Deus; agora no capítulo 6, ele roga aos santos de
Corinto que “não recebais a
graça de Deus em vão”. Tais verdades motivaram-no tanto que dedicou
toda a sua vida ao serviço do Senhor, como visto no capítulo 5. Agora, ele roga
aos coríntios que respondam da mesma maneira. Ele os convida a responder à
graça de Deus que lhes foi mostrada e a permitir que as coisas preciosas que
lhes foram transmitidas por meio do ministério afetem praticamente suas vidas.
As palavras “com Ele” no versículo 1 não são encontradas no texto
em grego.
Elas fazem o versículo significar que Paulo e seus cooperadores de
trabalho eram cooperadores com Deus. Isto é verdade (1 Co 3:9), mas não é esse
o ponto que ele está enfatizando aqui. Ele desejava provocar os coríntios a
responder à graça de Deus e a unir-se à obra em que ele e seus cooperadores
estavam engajados. O Sr. F. B. Hole disse: “A graça é recebida em vão se não
funcionar para seu fim e efeito legítimos”. É triste dizer que esse foi o caso
dos coríntios. Sob a influência dos falsos apóstolos que haviam se infiltrado
em seu meio,
eles haviam se tornado “críticos de plantão” daqueles engajados na obra do
Senhor, ao invés de “cooperadores também”
com eles. Eles criticavam o apóstolo, mas não se engajaram no serviço do Senhor
de maneira significativa. Essa foi uma terrível inconsistência, e é um problema
que ainda hoje existe na Igreja.
Em um parêntese (v. 2), Paulo cita Isaías 49:8 para mostrar que o
tempo para estar ocupado na obra do Senhor é “o dia da salvação”. Isaías estava falando profeticamente do
encorajamento de Deus ao Messias de Israel (o Senhor Jesus) quando Ele foi
rejeitado, no momento de Sua primeira vinda (Jo 1:11). Deus prometeu a Ele que Sua oração em relação à salvação de
Israel seria ouvida no “tempo aceitável”,
que será na Sua Aparição. Deus vai agir para a bênção de Israel naquele dia e
prometeu ajudar o Senhor a cumpri-lo. Paulo faz uma aplicação daquela Escritura
para mostrar que devemos ser encontrados trabalhando neste presente dia de
salvação quando o Evangelho da Graça de Deus está sendo pregado. O argumento de
Paulo aqui é que podemos contar com a assistência de Deus neste trabalho de
maneira semelhante (compare Marcos 16:20). Ele traz isto diante dos coríntios
como um encorajamento para estarem ocupados no ministério de reconciliação
mencionado no capítulo 5. Em vez de dar ouvidos às pessoas que estavam se
opondo e criticando Paulo e seu ministério, os coríntios precisavam apoiá-lo de
qualquer maneira que pudessem. Precisamos fazer o mesmo.
V. 3 – Paulo adverte aos coríntios, que estando envolvidos no
trabalho, precisavam ser cuidadosos em todas as suas relações com as pessoas e
não darem qualquer “escândalo”, para
“que nosso ministério não seja censurado”.
A verdade pode escandalizar (Mt 15:12), mas não é disso que Paulo está falando.
Ele está falando de escândalos pessoais por causa de nossas próprias tolices. É
extremamente importante não permitir que algo seja inconsistente em nossas
vidas, para que não façamos tropeçar aqueles a quem proclamamos a graça de
Deus. Isso poderia levá-los a rejeitá-la.
Vs. 4-10 – Paulo traz
seus princípios de agir no serviço ao ápice ao mencionar nada menos que 28
coisas nas quais ele e seus cooperadores foram testados e aprovados por Deus.
Esses testes e provas se dividem em três
categorias, cada uma com nove itens:
em circunstâncias externas adversas, em formas e características morais, e
equívocos paradoxais.
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