segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO (Capítulos 10-13)


A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO
(Capítulos 10-13)

Os últimos quatro capítulos da epístola são uma defesa do apostolado de Paulo. Defender seu apostolado era a parte mais difícil e dolorosa de suas comunicações com os coríntios, porque ele teria que falar de si mesmo mais diretamente do que havia feito na primeira seção da epístola – e isso era algo que ele não queria fazer. Exigia também expor diretamente seus difamadores que estavam desafiando seu apostolado – o que era outra coisa que ele não desejava fazer.
É muito interessante ver as credenciais que Paulo dá nesses capítulos para provar que era verdadeiramente um apóstolo de Cristo. Ele não apresentou um diploma para mostrar que ele se formou em alguma faculdade reconhecida. Também não apresenta uma carta oficial assinada pelos apóstolos em Jerusalém afirmando que eles o tinham ordenado. Em vez disso, ele apresenta os sinais de um verdadeiro apóstolo e seu trabalho. Todos os Cristãos, uma vez que são ministros de Cristo, deveriam ter as características morais descritas nos capítulos 1-7, mas não podem alegar ter esses poderes e sinais apostólicos a que Paulo se refere nesta seção – pelo menos não nas proporções em que ele fala (Talvez seja por isso que essas coisas são tratadas em uma seção separada da epístola). Esses sinais, dos quais Paulo agora fala, atestam inegavelmente o fato de que ele era realmente um apóstolo.
Na primeira seção da epístola (caps. 1-7), Paulo estava se dirigindo à grande maioria dos coríntios os quais considerava seus amigos, e estava se esforçando para remover as suspeitas que talvez eles tivessem em relação à sua integridade e sinceridade como ministro de Cristo. Confiando que havia ganhado a confiança dos santos nos capítulos anteriores, ele agora lida com seus oponentes mais diretamente. Sem mencioná-los pelos nomes, ele confronta, expõe e repreende aqueles que o criticaram e ao seu apostolado; ao mesmo tempo, ele apresenta um retrato do que é um verdadeiro apóstolo.
Esses falsos obreiros estavam se gloriando na carne e, para exaltarem a si mesmos, procuravam desacreditar o apóstolo, questionando a autoridade apostólica dada a ele por Deus. Eles fizeram certas acusações contra ele em uma tentativa de atacar seu caráter e contradizer seus ensinamentos, e finalmente eles assumiram uma falsa autoridade sobre seus convertidos em Corinto. Assim, tornou-se necessário que Paulo reivindicasse seu apostolado e, ao mesmo tempo, informasse e alertasse os coríntios desses falsos obreiros. Eles precisavam ver esses charlatães como realmente eram – “falsos apóstolos” e “obreiros fraudulentos” que estavam fazendo a obra de Satanás entre os santos (cap. 11:13-15).
Paulo esperou para tratar deste assunto por último, confiando que os capítulos anteriores tivessem estabelecido a confiança dos coríntios nele e, portanto, aceitando o que estava prestes a dizer nesta exposição. Uma vez que esta era uma carta aberta à assembleia, ele não poderia ser acusado de estar dizendo essas coisas pelas costas de seus críticos, como foi o caso de seus difamadores.

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