sábado, 8 de setembro de 2018

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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Cinco Curtas Exortações


Cinco Curtas Exortações

Ele dá cinco breves exortações. Se essas coisas fossem praticadas, os coríntios teriam uma assembleia feliz e saudável.
A primeira exortação é “regozijai-vos”. Isso só resultaria ao seguir em comunhão com o Senhor.
A segunda é “sede aperfeiçoados” (JND). Esta é uma referência ao cumprimento de sua responsabilidade em lidar com a questão pendente em seu meio – ou seja, permitir que os falsos mestres ministrem.
A terceira é “sede encorajados” (JND). Esta é uma referência direta à necessidade de receber as admoestações que Paulo lhes deu nesta carta em um bom espírito.
A quarta é “tende um mesmo espírito” – (ATB). Isso estava ligado à sua necessidade de ter unidade de pensamento na assembleia.
A quinta é “vivei em paz”. Isso resultaria de terem unidade de pensamento o que levaria à unidade de ação, que é tão importante na vida em assembleia.
Se os coríntios considerassem essas exortações finais, eles poderiam contar com “o Deus de amor e paz” estando “com” eles. Ele já estava no meio deles, mas se continuassem em bom estado, isso seria manifestado em poder.
  • Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo” (v. 12) é uma expressão da comunhão uns com os outros.
  • “Todos os santos” saúdam os coríntios (v. 13), é uma expressão da comunhão com outras assembleias.
  • A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos” (v. 14) é comunhão com a Divina Trindade.


A Saudação Final


A Saudação Final

Vs. 11-14 – Então, na saudação final, vemos que Paulo não pretendia apenas restaurar a comunhão dos coríntios consigo mesmo, mas também uns com os outros e com todos os santos – e com “o Deus de amor e paz”.

Oração do Apóstolo pelos Coríntios


Oração do Apóstolo pelos Coríntios

Vs. 7-10 – No encerramento da epístola, Paulo expressa seu desejo e oração por eles como uma assembleia. Ele ora para que eles “não façam mal” em desafiar seu apostolado e permitir que os falsos mestres tenham livre domínio na assembleia. Ele deixa claro que sua oração não era para que ele e seus cooperadores fossem “achados” em uma melhor luz e fossem “aprovados”, mas que eles se comportassem corretamente como uma assembleia Cristã deveria ser nestes assuntos. Em outras palavras, não queria que fizessem isso apenas para que ele e seus cooperadores parecessem aprovados, mas que continuariam corretamente, mesmo que isso significasse que ele, e aqueles com ele, parecessem “reprovados”. Aqui vemos outro exemplo da disposição de Paulo em sacrificar sua reputação pessoal se isso significasse que outros seguiriam com o Senhor. Isso mostrou que não estava no ministério para se promover. O Sr. W. MacDonald disse: “Se Paulo fosse a Corinto com uma vara e afirmasse sua autoridade, e conseguisse obter obediência às suas instruções relativas à disciplina, então ele poderia usar isso como um argumento contra os falsos mestres. Ele poderia dizer que isso era evidência de sua autoridade legal. Mas ele preferiria que os coríntios tomassem as medidas necessárias sozinhos, na sua ausência, mesmo que isso pudesse colocá-lo sob uma luz desfavorável no que diz respeito aos legalistas”.
V. 8 – Paulo e os outros apóstolos fizeram apenas aquilo que promovia “a verdade”. Ao dizer isso, ele queria apagar qualquer pensamento que eles pudessem ter tido de que estava agindo em vingança pessoal em relação aos falsos mestres; todas as suas instruções eram “pela verdade” e pela glória de Deus.
V. 9 – Paulo também orou pelo “aperfeiçoamento” (ARA) deles quanto à sua condição coletiva como assembleia. Ele diz que, se sua fraqueza, humilhação e reprovação resultassem no fortalecimento deles nas coisas de Deus, então ele estaria “feliz” (KJV) por isso. Isso novamente mostra a total abnegação do apóstolo.
V. 10 – Ele explica porque escreveu a epístola. Ele escreveu “estando ausente” deles, esperando que isso os exercitasse ainda mais para corrigir os problemas remanescentes entre eles – a saber, a permissão de falsos mestres entre eles e o questionamento do apostolado de Paulo. “Estando presente” com eles, teria de “usar rigor” de acordo com seu poder apostólico e, assim, iria tratar com o mal que ainda estava no meio deles. Mas ele não queria fazer isso, porque o primeiro propósito de seu poder apostólico era para a “edificação” dos santos, e não para sua “destruição”. Ele já havia mencionado isso no capítulo 10:8.

OBSERVAÇÕES FINAIS


OBSERVAÇÕES FINAIS

Capítulo 13:1-2 – Paulo conclui a defesa de seu apostolado dando uma advertência solene em vista da aproximação de sua visita a Corinto. Se não houvesse arrependimento e correção por parte dos coríntios em relação à permissão dos falsos mestres no meio deles, ele acharia necessário demonstrar sua autoridade apostólica exercendo disciplina sobre eles.
Ele faz uma “terceira” proposta para ir até eles “pela segunda vez”, lembrando-lhes de que se fosse e os encontrasse em um estado tal como temia, ele “não lhes perdoaria”, mas trataria com a assembleia em julgamento. Tal, é claro, seria fundamentado em fatos bem comprovados, porque todas as ações disciplinares devem estar de acordo com o princípio: “Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra”.
Capítulo 13:3-6 – Por meio da influência dos falsos apóstolos e obreiros entre os coríntios, eles realmente pediram a Paulo por “uma prova de que Cristo fala” por meio dele! Antes de responder a essa objeção, em um parêntese do meio do versículo 3 ao versículo 4, Paulo lhes diz que muitas vezes Deus trabalha por meio de fraqueza externa. Ele aponta para o próprio Senhor. O Senhor não era “fraco” para com os coríntios quando o evangelho os alcançou; Ele fez uma tremenda revolução em suas vidas abençoando-os por seu recebimento em fé como seu Salvador (v. 3b). Mas na vida e ministério do Senhor na Terra, estava cercado de fraqueza externa e foi “crucificado em fraqueza” (ARA). Contudo, na ressurreição, o Senhor vive “pelo poder de Deus”. Esse mesmo poder opera no ministério por meio dos fracos servos do Senhor para com os santos. Os coríntios, no entanto, veriam o poder de Deus para com eles de outra maneira, se continuassem a permitir aquele ambiente de falsos apóstolos circulando entre eles – e não seria uma coisa agradável. Paulo teria que exercer o juízo quando viesse.
Então, nos versículos 5-6, Paulo assume o desafio de seus opositores quanto a se Cristo estava realmente falando nele. Os falsos mestres entre eles haviam questionado seu apostolado, e os coríntios tolamente escutaram esses questionamentos. Mas eles eram as últimas pessoas que deveriam ter dúvidas sobre se Cristo havia falado por meio de Paulo. Isso mostra que estavam sob a influência da ideologia grega da época que idolatrava a força e a beleza humanas, e haviam interpretado erroneamente a fraqueza corporal de Paulo, e isso os levou a concluir que ele não era um apóstolo de Cristo. A resposta de Paulo a esses pensamentos mundanos é: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé”. Sendo seus convertidos, eles eram a prova de seu apostolado. Se queriam credenciais, tudo o que tinham de fazer era olhar para si mesmos!
O versículo 5 tem sido frequentemente transformado em um apelo para autoexame, e até mesmo fez com que alguns duvidassem de sua salvação. As Escrituras não ensinam que devemos olhar dentro de nós mesmos para encontrar a certeza de nossa salvação; isso só levará às dúvidas e ao desânimo. Devemos olhar para trás, para a cruz, para agradecer a Ele por tudo o que fez; olhar para frente para confiar n’Ele para o que está por vir; olhar para cima para esperar Sua vinda a qualquer momento; olhar ao redor para servi-Lo; mas nunca olhar para dentro. A introspecção é uma coisa perigosa – invariavelmente leva à ocupação consigo mesmo e ao desânimo.
A certeza da nossa salvação provém de considerar o que Deus disse em Sua Palavra. O “testemunho” é encontrado em Sua Palavra (Hb 10:15-17), não em nós mesmos. Descansar na fé no que a Palavra de Deus diz sobre Cristo ressuscitado e nossa aceitação n’Ele é o que dá paz interior (Rm 8:1-6).
Paulo não estava pedindo que se engajassem no autoexame como prova de sua salvação, mas sim que encontrariam na sua própria salvação uma prova de seu apostolado. Com um tom de ironia, ele acrescenta que, a não ser, é claro, eles estivessem “reprovados” – impostores sem valor e inúteis. O que eles estavam insinuando de Paulo significava que eles mesmos não eram salvos! Se fosse esse o caso, então Cristo não estava falando por meio dele. No entanto, Paulo estava confiante de que depois de terem feito um exame rápido de si mesmos como estando definitivamente na fé, eles saberiam que ele não era um impostor, mas um apóstolo de fato. Ele diz: “Mas espero que entendereis que nós não somos reprovados” (v. 6).

Um Apóstolo de Cristo tem Poder do Senhor para Fazer Sinais e Maravilhas


Um Apóstolo de Cristo tem Poder do Senhor para Fazer Sinais e Maravilhas

Capítulo 12:11-12 – Os oponentes de Paulo o “constrangeram” a adotar um método de defesa, que ele declara ser “néscio”. Ele agora começa a falar de outra prova de seu apostolado – “sinais, prodígios e maravilhas”. É interessante que Paulo tenha deixado isso para a última de suas demonstrações; nós provavelmente teríamos manifestado isso primeiro.
Antes de se referir a esses sinais e maravilhas, Paulo parece usar um pouco de ironia ao mencionar primeiro a “paciência”. Com efeito, ele diz: “Como vocês poderiam questionar se eu sou um apóstolo? Basta olhar para toda a paciência que tive com vocês; isso em si deve provar que eu o sou!”. Quando se tratava de sinais, prodígios e maravilhas, os coríntios deveriam ter sido os que o recomendassem, pois fizera muitos milagres no meio deles. Se surgisse uma pergunta dos opositores de Paulo, eles deveriam estar prontos para enfrentar o desafio e defendê-lo. Eles, entre todo mundo, haviam testemunhado a prova de que ele não foi em nada inferior aos mais excelentes apóstolos.
Capítulos 12:13-15 – Continuando sua ironia, Paulo pergunta se havia alguma coisa em particular que houvesse feito aos coríntios que os levaria a duvidar de sua autoridade como apóstolo. Eles não ficavam atrás de nenhuma assembleia em dons espirituais (1 Co 1:7), mas neste assunto ele diz que foram “inferiores às outras assembleias” (JND), pois as outras assembleias o reconheceram como um apóstolo. Ele pergunta se foi sua recusa abnegada para não ser pesado com remuneração financeira por seus trabalhos. Se assim for, ele diz que devem exercer a verdadeira graça Cristã e perdoá-lo “este agravo”.
Ele diz que, se sua “terceira” proposta da prometida segunda visita fosse realizada, ele faria a mesma coisa novamente, e não lhes seria “pesado”, porque queria que soubessem que seus motivos para com eles eram puros. Ele não tinha interesse em tirar nada deles. Ele diz: “Pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós. Como um verdadeiro pai em Cristo, Paulo estava preparado para provê-los. Ele não queria tirar deles; queria dar a eles (espiritualmente). Mesmo na vida naturalnão devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos. Essa mesma ordem deveria prevalecer nas coisas espirituais. Ele com satisfação pôde dizer “gastarei tudo e serei inteiramente gasto por amor das vossas almas” (ATB). “Gastar” é voluntariamente se utilizar de recursos próprios e dar onde houver necessidade. “Ser gasto” é ter alguém que tire proveito dos recursos alheios sem o seu consentimento. Em ambos os casos, Paulo estava feliz por isso em relação ao seu cuidado com o estado dos coríntios. Se isso significasse que cresceriam nas coisas de Deus, ele estava disposto a isso. Eles receberam muito dele, mas não apreciaram. Ele diz: ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.
Capítulo 12:16-18 Paulo previu que quando os coríntios recebessem esta carta da mão de “Tito” e “um irmão”, poderiam acusá-lo de tentar se ressarcir a si próprio. Ele percebeu que não estava longe deles o acusarem de manter uma aparência de não tirar nada deles, mas na realidade enviar aqueles irmãos para receber por ele. Por isso, Paulo se ocupa dessa falsa acusação e responde: “sendo astuto, vos tomei com dolo”. Ele já havia dito nos capítulos 8-9 que a coleta que Tito e o outro irmão iriam pegar com eles era para os santos pobres em Jerusalém; não era para ele. O mesmo espírito que havia em Paulo em seus labores entre os coríntios estava naqueles que trabalhavam com ele. Ele diz que andaram com o “mesmo espírito” e nas “mesmas pisadas” dele e que recusariam todos os benefícios.
Capítulo 12:19 – Ao falar dessa maneira, os coríntios poderiam ter pensado que Paulo estava tentando se justificar. Paulo se antecipa a isso também, dizendo que ele e seus cooperadores não estavam tentando “se desculpar”, mas falavam “em Cristo perante Deus” com uma boa consciência de que estavam afirmando a verdade. Eles procuravam fazer “todas as coisas” (ATB) para a “edificação” deles, e não se rebaixariam a tais métodos dissimulados para obter dinheiro dos coríntios.
Capítulo 12:20-21 – Apesar do bom resultado que a primeira epístola produziu, Paulo temia que, quando novamente visitasse Corinto, os encontrasse em péssimo estado. Ele temia isso porque sabia que, se os falsos mestres permanecessem entre eles, sua influência maligna corromperia a moral dos coríntios. Isso mostra que má doutrina leva à prática do mal. Paulo declarou esse fato a Timóteo dizendo: “Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade” (2 Tm 2:16). Por outro lado, a boa doutrina estabelece uma base na alma que produz bons costumes. Paulo falava “da verdade, que é segundo a piedade” (Tt 1:1). Isso mostra o quão sério era a questão de ter esses falsos obreiros entre os coríntios.
Além disso, Paulo menciona que “pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos” levariam a pecados maiores de “imundícia, fornicação e desonestidade”. Isso levaria toda a assembleia à destruição. Ele sabia que se não tivessem “se arrependido” de seus antigos pecados dos seus dias antes da conversão, tais pecados voltariam para suas vidas por meio da influência desses professores malignos.
J. N. Darby apontou que o capítulo 12 começa com o mais alto privilégio que um Cristão poderia ter e depois encerra com o mais baixo dos pecados que um Cristão poderia cometer. Entre os dois há “o poder de Cristo” disponível a todos os crentes para produzir o bem e deter o mal.

CONCLUSÃO: Em cada uma dessas marcas de um verdadeiro apóstolo, Paulo mostrou que fora aprovado e, portanto, era um apóstolo de fato. Ele também mostrou que os falsos mestres entre os coríntios não passaram no teste das marcas que distinguem um apóstolo e, assim, provaram que eram falsos apóstolos.

Três Céus nas Escrituras


Três Céus nas Escrituras

  • Os “céus” estelares – os céus físicos (Gn 1:1; Sl 19:1).
  • Os “lugares celestiais” – o esfera da atividade espiritual (Ef 1:3).
  • O “terceiro céu” – a morada de Deus (2 Co 12:2).


Paulo chama o terceiro céu de “paraíso”. É uma cena de alegria, beleza e glória onde Deus habita em luz e amor. É onde o ladrão na cruz foi imediatamente após a morte (Lc 23:43) e onde todos os redimidos estão ou estarão.
Capítulo 12:5-6 – Em vez de se gloriar nessa maravilhosa experiência, Paulo nos fala das “enfermidades” (KJV) que o Senhor permitiu que tivesse quando voltou à consciência, na Terra. Isso mais uma vez é uma prova de sua humildade.
Capítulo 12:7 – Tais eram as elevadas visões e revelações que Paulo experimentou que havia perigo de o orgulho surgir em seu coração. A carne nele não havia mudado pela experiência. Por isso, o Senhor permitiu um “mensageiro de Satanás” para o “esbofetear” com uma aflição corporal desconhecida. Paulo chama isso de “um espinho na carne”. Se o Senhor não tivesse feito isso, a carne teria se intrometido no trabalho de Paulo e estragado sua utilidade no serviço. Em condições normais, a carne deve ser mantida inativa no crente pelo andar no Espírito (Rm 6:11-14; Gl 5:16). Mas esta não era uma experiência comum e, portanto, exigiu um especial “espinho na carne”.
Isso nos mostra que a carne não é erradicada do crente por ter uma elevada experiência espiritual, como o Movimento de Santidade falsamente afirma. Magníficos privilégios e experiências espirituais não mudam a carne – nem mesmo de um apóstolo. Paulo não precisou do espinho quando foi arrebatado para o terceiro céu, mas precisou quando voltou à Terra.
Paulo não diz qual era o “espinho”, apenas que era uma enfermidade (v. 9). Foi alguma doença ou chaga corporal. Alguns especularam que, porque ele se refere a um problema que tinha com os olhos quando escreveu aos gálatas, que talvez fosse uma doença em seus olhos (Gl 4:15). Tudo o que realmente sabemos é que foi algo que fez Paulo desprezível aos olhos dos outros e, portanto, foi usado pelo Senhor para impedi-lo de exaltar-se com orgulho. O espinho não foi enviado para corrigir o mal da carne em Paulo – pois a carne não pode ser corrigida (Jo 3:6) – mas ajudá-lo em uma medida preventiva contra a carne se deixar levar pela sua própria importância.
Assim, o espinho teve um efeito duplo em Paulo: 
  • Mantinha-o em humilde dependência do Senhor.
  • Guardou os santos de exaltá-lo como algum excepcional servo de Deus. 

Ele diz: “Para que não me exaltasse”. Algumas versões acrescentam “demais”, mas essa palavra não está no texto grego. Ela faz parecer que Paulo estava dizendo que seria aceitável exaltar a si mesmo, mas não muito. Isso, é claro, não transmite o ponto que Paulo estava expondo. A exaltação própria é sempre perigosa – mesmo que um pouco dela. Guardemo-nos de ter um espírito pretensioso e arrogante que aproveitasse algum incidente ou experiência em nossas vidas que pudéssemos usar para nos exaltar e que desse aos outros uma impressão de uma espiritualidade e devoção que realmente não possuímos.
Capítulo 12:8-10 – Paulo inicialmente pensou que o espinho o atrapalharia no seu serviço, e diz que “acerca disto três vezes implorei ao Senhor que o espinho se apartasse de mim” (ATB). Em perfeita sabedoria, o Senhor respondeu à sua oração, mas não ao seu pedido da oração. O Senhor não removeu a aflição, mas usou-a para ensinar a Paulo algumas importantes lições espirituais que trabalhariam para preservá-lo em seu serviço. Quando ele discerniu que não era a vontade do Senhor tirar-lhe a provação, se submeteu “de boa vontade”, pois só queria ter a vontade do Senhor em sua vida. Em troca, o Senhor lhe deu a garantia de Sua suficiência em graça para sustentá-lo na enfermidade, e isso confortou seu coração. Isso permitiu suportasse suas enfermidades, censuras, sofrimentos, etc. Se o Senhor nos deu algum fardo ou aflição para suportar, não vamos nos queixar disso, mas nos submeter à Sua vontade na questão – pode ser o Seu modo de nos preservar no caminho, e nos fazer úteis em Seu serviço.
O resultado imediato da submissão de Paulo no assunto foi que “o poder de Cristo” habitou nele. Todos os que testemunharam seu ministério viram o Senhor operando por meio dele, e isso lhes causou uma profunda impressão. Assim, a mesma coisa que Paulo pensava que atrapalharia seu serviço, na verdade, ajudou-o nele! Ele aprendeu pelo menos duas grandes coisas com a provação: 
  • A graça do Senhor é suficiente para sustentar o Seu povo nas provações mais difíceis.
  • Fraqueza na provação pode se tornar-se ocasião para manifestar o poder do Senhor. 

Isso mostra outra marca que distingue um apóstolo, que ninguém quer ter – ele tem disciplina especial do Senhor por causa das sublimes revelações que lhes foram dadas e do trabalho que é chamado a fazer. O que distinguiu Paulo como um verdadeiro apóstolo de Cristo não foi apenas o fato de ter essas visões e revelações – porque outros profetas verdadeiros nos primeiros dias da Igreja também os tiveram (Ef 3:5) – mas que precisou de disciplina especial na escola de Deus para mantê-lo humilde e útil. Não há registro desses falsos apóstolos tendo essa credencial. Eles podiam ter invejado o apostolado de Paulo, mas nenhum deles invejava sua disciplina. Eles podiam alegar serem apóstolos e terem revelações, etc., mas deixem que nos mostrem seu “espinho” na carne que comprovaria isso.
A lição prática para nós aqui é que Deus pode fazer muito mais com um homem quebrado do que com um homem que parece forte em sua própria força. As pessoas dizem: “Eu quero me sentir forte”. Mas o que elas precisam sentir é sua própria fraqueza, porque então o poder do Senhor pode operar por meio delas, e Ele recebe a glória. Paulo disse: “Quando estou fraco, então sou forte”.